Para lembrar dos atos golpistas de 08 de janeiro de 2023 e reforçar a importância da democracia, várias atividades foram realizadas, nesta quarta-feira, em diversas cidades brasileiras. O ato em Salvador aconteceu no Campo da Pólvora, conduzido pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com apoio das centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais.
A CTB Bahia reforçou a manifestação com a presença de vários dirigentes e sindicatos classistas. "Por ser sindicalista, meu pai foi torturado pelo regime militar. O movimento sindical sabe a importância da democracia para realizar suas lutas em defesa das categorias que representam e da sociedade. Por isso, entendemos que não cabe anistia aos golpistas e, sim, penas duras, como a prisão", afirmou Rosa de Souza, presidenta da Central.
Secretário de Combate ao Racismo, Jerônimo Silva Júnior reforçou a importância da unidade entre o movimento sindical e os movimentos sociais. "Para enfrentar a extrema-direita, vamos colocar o povo na rua pela democracia, pelo fim da Escala 6x1 e pelo reajuste do salário mínimo com a inflação e o percentual completo do PIB", destacou.
SINDICATOS E POLÍTICOS
O presidente da Federação dos Comerciários da Bahia, Jairo Araújo, lembrou da vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro por sua atuação no filme 'Ainda Estou Aqui', que aborda um período da ditadura militar. "Precisamos potencializar o trabalho nas redes sociais e nas ruas para derrotar a extrema-direita. Vamos unificar as lutas dos movimentos sociais para garantir a vitória de Lula em 2026", enfatizou.
Para o vice-presidente do SintraSuper, Edvã Galvão, "a data de 8 de janeiro entrou no calendário anual de luta pela democracia e contra o fascismo. Os sindicatos devem mobilizar suas categorias para debaterem esse tema. A defesa da democracia é sem anistia e com prisão para os golpistas", pontuou.
Um dos políticos presentes, o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) alertou para o fato de que o Brasil ainda está sob ameaça dos golpistas. "Precisamos estar vigilantes o tempo todo, esclarecer a nossa sociedade e falar sobre os direitos sociais e os direitos humanos. Vamos colocar o povo nas ruas para defender um País democrático e desenvolvido para todos", afirmou.
Falaram ainda Jéssica Baiano, presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM Bahia); Sirlene Assis, presidenta do Grupo Tortura Nunca Mais; e vários estudantes representando as entidades estudantis.