Na manhã de segunda-feira (29), representantes do Sinpojud, Sindsaúde Bahia, APLB–Sindicato, Sindsefaz e outros sindicatos que formam a FESPEBAHIA, se reuniram no Planserv com a coordenadora Socorro Brito e sua equipe. Buscaram entender quais as dificuldades que estão levando os servidores a uma tensão por falta de assistência, na capital e no interior. Os sindicalistas fizeram várias provocações em defesa dos trabalhadores e familiares dependentes do plano de saúde. Os dirigentes destacaram as regiões campeãs em reclamações junto às entidades: Extremo-Sul, Sul, Oeste, Centro-Leste, Sudoeste, Norte, Centro-Norte.

De acordo com Maria José Silva (Zezé), diretora do Sinpojud que esteve presente na reunião, o encontro tratou do credenciamento e descredenciamento; cotas; tabela de procedimentos; ampliação do rol de procedimentos e os custos quando se trata de procedimentos nos hospitais, clínicas, laboratórios e com profissionais médicos, na capital e no interior; dificuldades para atendimentos que, ultimamente, também atingem beneficiários de Salvador; limitação com a chamada “COTA” e cobranças que estão existindo por parte dos profissionais médicos, a título de complementação, alegando os valores muito baixo dos procedimentos.

Na reunião também foi debatida a necessidade de uma comunicação mais rápida entre o Planserv, beneficiários e servidores (as) estaduais, para que as informações corretas cheguem antes que as fakes news. Foi discutido, que alguns dados que foram apresentados, precisam chegar aos servidores.

Uma outra proposta apresentada foi a de fortalecer o plano. Existe a necessidade, urgente, de que os sindicatos cobrem do governo o compromisso de aumentar o repasse, para o Planserv como era antes de 4%. Hoje, o Planserv só recebe 2%. O atual governo repôs 0,5%, mas segundo os representantes do sindicato, isto ainda. Para atender as necessidades do plano é preciso que a reposição seja completa com mais 1,5%. 

“O Planserv já tinha muitos problemas de atendimentos, quando a cota do repasse era de 4%. Com o corte, pela metade, os problemas se tornaram ainda maiores e graves. Constantemente, recebemos no Sinpojud, reclamações de servidores (as) que não conseguem atendimento, principalmente no interior. Precisamos lutar por melhorias no atendimento do Planserv, porque ele é dos servidores (as) e precisamos defender isto”, disse a diretora do Sinpojud.

DOCUMENTO

Na reunião, foi elaborado um documento com os pontos discutidos, que será encaminhado ao Secretário da Administração (SAEB), Edelvino Góes e ao governador. Na época da redução do repasse, o governo alegou que a medida tinha o objetivo de economizar R$ 200 milhões por ano nas transferências ao Planserv. Mas isso trouxe prejuízos aos beneficiários, principalmente do interior, gerando muitas reclamações. O Planserv atende quase 500 mil pessoas.

"Essa reunião foi um grande passo na busca por soluções que melhorem a prestação de serviço do Planserv. Nós do Sinpojud, juntos com os demais sindicatos precisamos ser mais enérgicos em nossas cobranças para que o Planserv volte a atender nossos servidores (as) com um serviço de qualidade. Estamos sendo obrigados a engolir um reajuste na cobrança do plano e nada muda. Precisamos mudar isto”, disse Maria José.